Lando

Dia 20 de Dezembro fez um ano que o meu irmão Orlando Pinhão faleceu. As saudades são muitas, mas as boas lembranças continuam bem presentes. Ele era uma pessoa bem disposta, inteligente e muito generoso.

   

Nasceu e viveu sempre em Angola, adorava aquela terra. Lutou pela sua independência e trabalhou para a formação de um novo país. Tirou o curso de regente agrícola no Tchivinguiro - Sá da Bandeira, era o trabalho da terra e o contacto com os animais que ele adorava e era no mato, como ele dizia, onde gostava de viver e trabalhar.

Chuveiro

Com falta de água canalizada, aquecia-se a água que era posta neste balde, tinha um chuveiro por baixo e depois...rico banho...

Lando

Orlando António Castro Pinhão (Landinho) -  1952/2010. O meu irmão mais velho ainda bebé.

"0 terno"

Antes da era do plástico , usavam-se estas marmitas para comprar comida já feita. Em Angola dizia-se "comer de terno", pois no geral eram três marmitas: uma para a sopa, outra para o conduto (carne ou peixe) e outra para o acompanhamento.

Filtros

Nos anos 50 e 60 do século passado não havia água engarrafada em Angola, usavam-se este filtros de porcelana para purificar a água.

Fogareiro

Estes fogareiros a petróleo foram muito usados, na primeira metade do século passado, em sítios onde não havia distribuição de gás e de electricidade.

Palmatória

Estas palmatórias, de cinco olhos, eram usadas nas escolas em Portugal e Colónias. Levei muitas vezes palmatoadas, pois dava muitos erros ortográficos e não foi por causa disso que deixei de os dar. Deviam-me ter ensinado algumas regras ortográficas e ter ajudado na minha dislexia que descobri já adulta.

Candeeiros

Candeeiros a petróleo. Lembro-me de serem usados na casa dos meus pais em Gago Coutinho, Angola, antes de a administração comprar um gerador que era ligado ao anoitecer e desligado de madrugada. Na casa dos meus avó, em Quinjenje, também foram usados durante muito tempo, pois também não havia luz eléctrica.